sábado, 15 de fevereiro de 2014

OS CATADORES DE CONCHAS - APRESENTADO POR KARLA E ZEZÉ

CORNUALHA: GEOGRAFIA e HISTÓRIA
Cornualha em inglês, Cornwall,  é um condado que fica numa península no sudoeste do Reino Unido. Tem fronteiras com o Oceano Atlântico ao norte, com o Canal da Mancha ao sul, e a leste, com o condado de Devon, depois do rio Tamar. Juntamente com as ilhas Sorlingas, a Cornualha tem uma população de 534 300 habitantes, cobrindo uma área de 3563 km². O centro administrativo, e única cidade, é Truro.1
O título correto do condado é Ducado da Cornualha. O Duque de Cornualha é outro título do Príncipe de Gales.
A área hoje conhecida como Cornualha foi habitada na idade do Ferro, pelos celtas. A Cornualha é parte da área britanica (céltica) da Grã-Bretanha, separada de Gales após a batalha de Deorham, que entrava comumente em conflito com o reino inglês em expansão de Wessex. Só em 936 d.C., o rei Athelstan viria a definir a fronteira entre os povos inglês e córnico pelo rio Tamar. Hoje, a economia da Cornualha depara-se com o declínio das atividades mineiras e piscatórias, tendo-se tornado mais dependente do turismo. A área é conhecida pelas suas paisagens selvagens, a sua variada e extensa costa e o seu clima ameno.
A Cornualha é lar do povo córnico e da sua diáspora (dispersão de povos por perseguição por motivos políticos ou religiosos), sendo considerada uma das seis "Nações Celtas" por muitos residentes e académicos. O condado mantém a sua identidade distinta com a sua história, língua e cultura próprias. Muitos habitantes questionam o atual estatuto constitucional da Cornualha, existindo já um movimento autonomista em busca de maior independência para a região no seio do Reino Unido.
Nos finais do II milénio a.C., houve uma descontinuidade cultural na região indicando uma possível invasão ou imigração. O estanho existente na região era procurado para adicionar cobre e obter bronze. Os galeses já conheciam o processo de extração de minério.
SOBRE A AUTORA
Rosamunde Pilcher, OBE (Cornuália, 22 de Setembro de 1924) é uma escritora inglesa e foi encorajada a escrever desde pequena. Tinha 15 anos quando deflagrou a Segunda Guerra Mundial. Terminou os estudos e trabalhou durante um ano no serviço Real Naval. Rosamunde Pilcher escreveu ininterruptamente durante todos estes anos para várias revistas e publicou mais de uma dezena de livros. Pilcher edita o seu primeiro livro, Half-way to the Moon, em 1949, usando o pseudônimo Jane Fraser e só após dez títulos optou pelo uso do seu nome. A Secret to Tell, publicado em 1955, é o primeiro dos vinte e três romances que escreve já sob o seu nome. “Os Catadores de Conchas” foi publicado em 1988 aos 64 anos de idade. Apesar da sua carreira de escritora ter cessado em 2000, até os dias de hoje é bem prestigiada por suas obras. Atualmente vive na Escócia, onde se dedica à literatura e à família. Seu filho também é escritor.
Títulos publicados sob o pseudônimo de Jane Fraser:
  • Half-way to the Moon (1949)
  • The Brown Fields (1951)
  • Dangerous Intruder (1951)
  • Young Bar (1952)
  • A Day Like Spring (1968)
  • Dear Tom (1954)
  • Bridge of Corvie (1956)
  • A Family Affair (1958)
  • A Long Way From Home (1963)
  • The Keeper’s House (1963)
Títulos publicados sob seu nome:
  • A Secret to Tell (1955)
  • April (1957)
  • My Own (1965)
  • Sleeping Tiger (O Tigre Adormecido, 1967)
  • Another View (O Outro Lado do Amor, 1969)
  • The End of The Summer (Fim de Verão, 1971)
  • Snow in April (Um Encontro Inesperado, (1972)
  • The Empty House (A Casa Vazia, 1973)
  • The Day of Storm (O Dia da Tempestade, 1975)
  • Under Gemini (Sob o Signo de Gêmeos, 1976)
  • Wild Mountain Thyme (Montanhas Silvestres, 1978)
  • The Carousel (O Carrossel, 1982)
  • Voices in Summer (Vozes de Verão, 1984)
  • The Blue Bedroom and Other Stories (O Quarto Azul e outros contos, 1985)
  • The Shell Seekers (Os Catadores de Conchas, 1988)
  • September (Setembro, 1990)
  • Flowers in the Rain and Other Stories (Flores na Chuva e outros contos, 1991)
  • The Blackberry Day (1991)
  • Coming Home (O Regresso, 1995)
  • Love Stories (Introdução, 1996)
  • The World of Rosamunde Pilcher (1996)
  • Christmas with Rosamunde Pilcher (1998)
  • "Victoria" (1999)
  • Winter Solstice (Solstício de Inverno, 2000)
A HISTÓRIA EM SI:
Rosamunde Pilcher publicou Os Catadores de Conchas aos 64 anos de idade. Embora seja ousadia afirmar que a idade de uma pessoa é diretamente proporcional ao seu nível de maturidade, qualquer leitor que se dispuser a ouvir a história contada pela autora há de concordar com isto: Rosamunde nos presenteou com um romance impregnado por um aroma de sensatez e experiência. Sem que precisasse recorrer a estratagemas comerciais de forma a cativar aqueles que a leem, a romancista construiu, com precisão milimétrica, uma história de caráter profundamente coerente. Ler Os Catadores de Conchas traz, como consequência, uma voraz identificação com os personagens descritos, as situações vividas e as sensações experimentadas. É a realidade desenhada como tem de ser: simples, modesta e belíssima.
De uma forma geral, o livro conta a história da família Keeling. Penelope, a matriarca desse grupo singular, é filha de um pintor falecido, cujas obras repentinamente adquirem um valor considerável no mercado de leilões. Penelope ganhou do pai o belíssimo quadro Os catadores de conchas, que ocupa lugar de destaque em sua pequena residência. A personagem não é totalmente cônscia da quantidade extraordinária de dinheiro que ganharia ao vender a pintura e tem demasiado apego à obra para vendê-la, preferindo mantê-la à vista na reservada comodidade do seu lar. Tal decisão, por parte de Penelope, desperta reações distintas em seus três filhos – Nancy, Noel e Olivia -, sendo que os dois primeiros estão dispostos a argumentar com a mãe até que ela se renda e venda o quadro. Esse é o pilar central da história. Contudo, Os Catadores de Conchas tem, exatamente, 700 páginas. Como desenvolver essa questão simples em tantos e tantos parágrafos?

Muito simples. Além de não se ater à linearidade dos fatos, fazendo constantes passeios ao passado, Rosamunde Pilcher pouco recorre aos grandes fatos e reviravoltas, apegando-se às particularidades do cotidiano e da rotina. Na maior parte de sua narrativa, a autora nos entretém com comentários, as vezes repetitivos, sobre o almoço e as flores, o chá e o ritual de manuseio de ferramentas de jardinagem. A experiência de Rosamunde permite que ela prive esses acontecimentos do cotidiano do seu semblante enfadonho; sob a ação da magia da autora, cada ação se volve em um pequeno espetáculo da vida, em um pequeno detalhe que torna a própria existência mais bela.

Assim, embora siga fielmente a proposta original da sua trama, Os Catadores de Conchas contém, em suas entrelinhas, um tom filosófico. Não é algo aparente, porque a narrativa poucas vezes parte rumo a devaneios e digressões, mas algo que precisa ser sutilmente captado pelo leitor atento e curioso. Enquanto nos descreve  as minúcias da vida de suas personagens, Rosamunde constrói um invisível tratado sobre a beleza das pequenas coisas e dos minúsculos prazeres. Seu romance é dotado de uma elegância sem precedentes: se alguém lesse toda a extensão d'Os Catadores de Conchas em voz alta, provavelmente usaria um tom grave e contido, mas melodioso, sem histerias agudas. A própria constituição do livro nos desacelera a respiração, surpreendentemente.

Na minha opinião, o luxo é a satisfação total e simultânea dos cinco sentidos. Estou aquecida e, se quiser, posso estender a mão e tocar a sua. Sinto o cheiro do mar e também que, dentro do hotel, alguém está fritando cebolas. Um aroma delicioso. Estou saboreando cerveja gelada e posso ouvir as gaivotas, a água batendo e o motor do barco de pesca fazendo tchuc-tchuc-tchuc, de uma forma extremamente agradável.”

Bálsamo que é, o livro não agradará a todos os tipos de leitores. É possível que aqueles acostumados às narrações mais agitadas e fantasiosas sintam-se limitados com a narração comedida e sorridente de Rosamunde, mas é tudo uma questão de treino. É facílimo rejeitar Os Catadores de Conchas sumariamente, mas é muito mais construtivo treinar a própria percepção e o próprio inconsciente para receber a mensagem de paz e tranquilidade que o livro transmite ao decorrer de sua longa e lenta narrativa. Leva-se um tempo para concluir a leitura da obra, mas acreditem: a autora nos tira uma película da pupila quando finalmente finda sua história. Se a mensagem for corretamente absorvida, as flores ao seu redor tornar-se-ão mais bonitas. O café no final da tarde assumirá um significado mais profundo e sinfônico. A rotina se renovará.

E é por isso que Os Catadores de Conchas, como toda boa literatura, perturba. Fá-lo, todavia, com sutileza e afeição: perturba-nos porque nos faz perceber que, diariamente, à nossa volta, ocorre um luminoso espetáculo de pequenos deleites e experiências agradáveis e sequer nos damos conta disso.
Discussão do livro:
Legados de família:
Escambo e desapego:


sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

"OS CATADORES DE CONCHAS " - REUNIÃO


Dia: 30 janeiro de 2014
Presenças: Ana, Andyara, Angela, Carmen, Karla, Luciana, Luzimar, Maria Célia, Marilena, Marília, Regina, Sylvia, Teresa Lírio, Thereza Matos, Vera e Zezé. 
Eleuza enviou mensagem e artigos para a Feira de Trocas. Nena e Thaís justificaram as ausências.
Anfitriã: T. Matos
Lanche: Regina, Sylvia, Eleusa, Carmen e Thereza Matos
Apresentação: Karla e Zezé fizeram excelente trabalho de pesquisa, principalmente da geografia da Cornualha, região que se torna praticamente um "personagem" do livro. (Documento será postado no blog www.livroseraquetes.blogspot.com). 
Dias antes do encontro, as apresentadoras lançaram questões para refletirmos, no tocante a legados em nossas próprias famílias, o que proporcionou vários depoimentos e debates. Os depoimentos pessoais, apresentados por escrito, serão postados no blog.

Avisos e Ajustes:  A fim de enriquecer o debate e a percepção do livro lido,  propomos que, daqui pra frente, cada uma de nós prepare um brevíssimo apontamento daquilo que lhe chamar atenção na leitura. Cada uma tem uma formação profissional, uma vivência pessoal, uma atividade de lazer diferente e, certamente, a leitura suscita em cada uma uma percepção diversa. Nem sempre o calor do debate permite que todas se expressem: duas horas é muito pouco para o tanto que gostaríamos de partilhar. As mais tímidas se retraem diante das mais falantes e quem perde é o grupo. Assim, vamos fazer mais uma tentativa de enriquecimento: façam uma breve nota daquilo que lhes tocar na leitura, ok?

Atividade paralela e correlata:  Foi um sucesso o Bazar, que virou uma feira de trocas. Ninguém pôs preço nos artigos e dava pra ver  como cada "doador" ficava feliz de ver que um seu objeto tinha sido escolhido. Algumas pessoas não tiveram oportunidade de fazer "limpa" nos armários ou não ocorreu a outras levar livros, CDs, DVDs. Quando quiserem, faremos outra Feira de Trocas.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Feliz Natal







FELIZ NATAL !!!
E QUE O PRÓXIMO ANO SEJA REPLETO DE SAÚDE, PAZ, AMOR, AMIZADE, LIVROS E RAQUETES !

sábado, 14 de dezembro de 2013

"OS CATADORES DE CONCHAS'















DIA: 30/01/2014
APRESENTADORAS: KARLA E ZEZÉ
LOCAL:CASA DA THEREZA
HORÁRIO: 18 HS
COMPAREÇA !!!!!

  NARRAÇÃO DE TEXTOS LITERÁRIOS

                                        (minha experiência)
Por Dôra Guimarães 


                                                     Dôra Guimarães e Elisa Almeida(google)

                                                     Dôra Guimarães e Elisa Almeida (google)


Nasci em Curvelo, em 1943. Aos 19 anos, vim para BH fazer o curso de Letras. Durante quase 30 anos lecionei em escolas públicas de Minas e São Paulo. Perto de me aposentar, descobri a narração de histórias e a possibilidade de me ocupar com algo prazeroso depois que me afastasse do magistério.

Quando estudante de ensino médio, gostava de recolher dos livros que lia os textos mais líricos, as expressões mais poéticas e depois ficar repetindo-as oralmente para mim mesma saboreando sua magia, seu encanto. Gostava daquele contato oral com a palavra elaborada.

Não sabia que, anos mais tarde, reencontraria essa minha vocação através da Oficina Conta-Contos – a arte de contar histórias, realizada em 1990 na Livraria Miguilim e coordenada por Luiz Carlos Neves e Isabel de los Rios, do Grupo Encuentos y Encantos, da Venezuela. Durante a oficina já busquei um conto literário para preparar. Agora poderia saborear um conto inteiro e mais, passar o encantamento para outras pessoas.

Na época, lecionava Português para 7ª e 8ª séries e comecei preparar vários contos para meus alunos. Para surpresa minha, percebi que os adolescentes adoravam as histórias e pediam que eu as repetisse. Descobri então que essa era uma maneira fantástica de divulgar bons textos e incentivar o gosto pela leitura, pois os meus alunos buscavam ler os livros de onde eu tirava as histórias. Preparei alguns adolescentes que se interessaram, para narrarem pequenos contos e eles os iam repassando aos colegas de outras turmas. Me surpreendi com a receptividade dessas turmas, que , muitas vezes ,quando não tinham professor em sala, passavam para a sala vizinha, para ouvir de novo as mesmas histórias. Com essa motivação dos alunos, concluí que a narração de bons textos literários era, sem dúvida, um método pedagógico que, não só tornava as aulas mais atraentes, mas também despertava o gosto de ouvir, o prazer da literatura e o interesse pela leitura.

Em 1991 conheci Elisa Almeida, que, na época, pesquisava contos de fadas e os narrava para crianças numa Clínica de Psicologia. Decidimos trabalhar juntas, criando o Grupo Tudo Era uma Vez e pouco tempo depois já narrávamos histórias em vários lugares e oferecíamos oficinas para formação de novos narradores. Ela continuava narrando contos de tradição oral e eu, contos literários. Com o tempo, ela também foi se aproximando do conto literário e em 1994, montamos nosso primeiro espetáculo: “Histórias de Amor, Encontros e Desencontros”. Depois vieram outros trabalhos: “Riobaldiadorim, encontros no sertão”, “ Mula Marmela: histórias de mulheres em G. Rosa”, “ Rola Mundo ,contando Drummond”, “ Diadorim, no sirgo fio dessas recordações”, “Deus ou o Diabo para o jagunço Riobaldo” e “Dão- lalalão, os sinos do amor”.Todos eles apresentados em vários teatros do país.

                                                                 Calina Guimarães(google)

Em 1993, a Dra. Calina Guimarães, prima de G. Rosa, e minha tia, depois de se aposentar em Juiz de Fora, onde trabalhou como Médica e professora da UFMG, voltou para Cordisburgo, sua terra natal, disposta a trabalhar com as crianças e jovens da cidade. Lá encontrou o Museu G. Rosa praticamente abandonado. Começou então a tarefa de buscar recursos para restaurá-lo. Em seguida, pensou que preparar os jovens para serem guias no Museu seria uma ótima forma para se aproximar deles e orientá-los na travessia da adolescência. Assim ela realizava, num só trabalho, dois objetivos: trabalhar com os jovens e por em funcionamento o Museu. Até então ela não tinha pensado em preparar esses jovens para narrar textos de G. Rosa. Quando ficou sabendo que eu narrava trechos de sua obra, ela se mostrou incrédula. Foi então que a convidei para assistir, em 1994, nosso espetáculo “ Histórias de Amor” com narração de textos de vários autores e, entre eles, G. Rosa. Nos ouvindo, então, concluiu que era possível, sim, narrar oralmente G. Rosa e que, para tornar as visitas ao Museu mais vivas, além de guias, os adolescentes também poderiam ser narradores de sua obra. Ela então, nos convidou para dar oficinas introdutórias para formar contadores e, depois de cada oficina, ela continuava o trabalho, treinando os textos de Guimarães Rosa com os adolescentes. Em 1995, ela criava o Grupo de contadores de estórias Miguilim, nome da principal personagem do conto “Campo Geral”.

Hoje, já na 7ª geração, o grupo torna viva a obra do escritor, divulgando-a não só para os visitantes do Museu, mas também para platéias de Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e outras cidades, encantando jovens e adultos e revelando que Guimarães Rosa é, antes de tudo, um grande contador de histórias.
Narrar textos de Guimarães Rosa abriu, para o grupo Miguilim, uma janela para o mundo. O contato com turistas e pessoas admiradoras ou estudiosas da obra roseana, as viagens, o desafio de enfrentar um público, tudo isso enriquece as experiências, aumenta a auto-estima e estimula o gosto pela leitura. Eles buscam ler outros autores e se tornam capazes de apreciar um bom texto literário e de lê-lo com expressividade e emoção. Hoje, são referência para as crianças de Cordisburgo e a maioria consegue continuar os estudos após o 2º grau, ingressando em cursos da UFMG.

                                            interior do Museu Casa de Guimarães Rosa (google)

Em 2000 assumi a direção do , pois a Dra. Calina Guimarães, por motivos de saúde, se afastou. Passei a fazer os recortes de textos, o enxugamento dos contos, a leitura expressiva e a orientação na memorização das histórias. Cada texto é explicado, contextualizado e lido várias vezes. O contador só pode decorá-lo depois de compreendê-lo profundamente e de estar lendo com fluência, expressividade e sentimento. Ele tem de buscar a voz do autor, tem de descobrir a musicalidade inerente ao texto, pois cada um possui sua entonação e ritmo próprios. O texto exige ser decorado porque em Guimarães Rosa, como em qualquer outro grande autor, a forma e o conteúdo estão juntos como na poesia.

Para a Semana Guimarães Rosa que acontece todos os anos, no mês de julho, em Cordisburgo, já foram montados com o grupo Miguilim vários trabalhos em cima da obra do autor: textos de “Grande Sertão: Veredas” (narrados em quatro anos consecutivos), de “Campo Geral”, de “Sagarana”, de “Dão-la-la-lão”, de “A estória de Lélio e Lina” , “Festa de Manuelzão”, “Primeiras Estórias” e outros. Muitos desses trabalhos têm sido apresentados em várias cidades de Minas e outros estados.

Graças ao Grupo Miguilim de contadores de estórias, o Museu Casa Guimarães Rosa é hoje um dos mais visitados de Minas Gerais. Os visitantes querem ouvir, na casa onde nasceu o escritor, suas histórias e sua poesia nas vozes desses meninos e meninas que memorizam seus textos e os narram com simplicidade e emoção.

Em 2005, em razão da necessidade de formar novos elementos, pois, à medida que vão se formando no 2º.grau, eles deixam a cidade para continuarem os estudos, convidei Elisa para participar do processo de formação. Atualmente, nós duas, indo de 15 em 15 dias a Cordisburgo, dirigimos o grupo Miguilim, certas de que trabalhar com jovens no campo da literatura é realmente uma forma de atingir, entre outros, o objetivo proposto pela Dra. Calina Guimarães ao criar o grupo: ajudá-los a atravessar a adolescência de uma maneira saudável e feliz.

Leitoras