quinta-feira, 9 de julho de 2015

A CASA DOS BUDAS DITOSOS, João Ubaldo Ribeiro - Encontro e Debate
Data 09 julho 2015
LOCAL Antiga sede Iate
PRESENTES: T Matos, Tininha, Marilia, Anna, Mury, Suely, T Lírio, M Célia, T Acioly, Marilena, Sônia Helena, Karla, Luzimar, Regina Moura e Andyara e Zezé.
AVISOS, AJUSTES E AGRADECIMENTOS: T Matos por ora não poderá mais ficar na coordenação das reuniões. Mas continua no núcleo diretor, junto com T Lírio, Luciana, e eu, Vera Correa. Agradecemos as colegas Nena, Tata e Regina Luz as providências para viabilização do encontro. 
BOAS VINDAS: Suely, Tininha e T Mury.
LANCHE: As aniversariantes do mês, Karla e Zezé, e ainda T Acioly serviram lanche delicioso.
CONDUÇÃO DO DEBATE A CARGO DE VERA CORRÊA

1. AUTOR - Biografia 
2. CARREIRA - Bacharel Direito, Mestre em Administração Pública, professor universitário, tradutor.
3. FAMA E PRESTÍGIO 
     Fama: . colunista de jornal da grande imprensa por muitos anos
                . livros adaptados para mídias populares, cinema e televisão, como Sargento       Getúlio e O Sorriso do Lagarto
                 . samba-enredo da Império da Tijuca 1987
     Prestígio e reconhecimento da alta intelectualidade nacional e internacional:
                 . Prêmio Camões. 2008 
                 . Dois Jabuti 
                 . Membro da Academia Brasileira de Letras
 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/João_Ubaldo_Ribeiro#Biografia

4. ALGUNS ASPECTOS LITERÁRIOS DE A CASA...
       . A dúvida quanto à autoria. Recurso para atiçar a curiosidade. Comum em textos epistolares, já abordados neste grupo.
       . Memórias - subjetividade, confessional, narrador 1ª pessoa, ritmo aparentemente aleatório entre épocas diferentes.
       . Linguagem - mais que coloquial, "boca-suja", flow of consciousness
       . Verdade e Verossimilhança -
      http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/1605540

5. DEBATE
    5.1. A RODA MALVADA - cada pessoa fala algo sobre o livro. Considerando a riqueza e diversidade de opiniões a respeito de livro, autor, conteúdo e personagens, convidamos todas a resumirem suas falas nos comentários no blog.
             
    5.2. UM TESTE - projeção de foto do cantor sertanejo Cristiano Araújo, recentemente falecido e um artigo a respeito. http://brasil.elpais.com/brasil/2015/06/25/cultura/1435186419_653347.html
Pretendemos, com isso, demonstrar que pouco sabemos, que nossos interesses são limitados, que vivemos em guetos, em bolhas. E que, portanto, quanto à temática do livro, pouco podemos afirmar.

6. OUTRAS REFLEXÕES
    6.1. DIFICULDADES COM O TEXTO - CONCEITOS
Primeira abordagem. Estabelecer diferença entre erotismo e pornografia. 
"Ocorre, claro, que todo tipo de complicação moral e estética entra em cena na hora de separar uma coisa da outra. O que é erótico para um pode ser – e frequentemente é – pornográfico para outro." Texto Diferença entre pornografia e erotismo.

    6.2. ESCOLHA DO ENFOQUE PARA DEFINIÇÃO DO CARÁTER DO LIVRO 
"Existem expressões da pornografia que são perversas, pois impõem ao outro algo que ele não quer: não levam em conta a alteridade."  Ceccarelli, texto no blog.
Enorme diferença entre jogo erótico e sujeiçao. Na sujeiçao, há uma relação assimétrica de poder. Exemplos: Propagandas de cerveja. Cantadas grosseiras (matéria do Fantástico de 5/7/2015). Encoxadas  em coletivos. Beijos à força nas baladas e micaretas. Imagens infamantes e degradantes da dignidade de mulheres. Divulgação de imagens íntimas (revenge porn). Exploração sexual de crianças e adolescentes. Perseguição, espancamentos, negação de direitos civis  e assassinatos de homossexuais. Ranking de "vadias" em escolas. Estupro. Raptos prolongados, cativeiro. Tráfico de pessoas com fins de prostituiçao. Casamentos forçados com crianças. Religiosos (padres, pastores, imans) e quaisquer outras pessoas pedófilos. Tortura policial ou política focada em órgãos sexuais e estupros. Estupros como estratégia de limpeza étnica - Guerra dos Bálcãs. Mutilação genital. Mutilação com ácido.

7. CONCLUSÃO
"Uma das mais óbvias injustiças sociais cometidas pela civilização é exigir de todos uma idêntica conduta social. (...)aqueles cuja constituição sexual é "indomável" não aceitarão os limites impostos pela cultura, e tentarão escapar a esta injustiça pela "desobediência às normas sociais": serão "marginalizados como pervertidos"
Cecarelli, texto publicado no blog também.

Mas diante de tantas perversões e maldades relacionadas a sexo, o que se passa no livro, entre adultos que sabem o que estão fazendo e nisso consentem, embora incomum (não sabemos),  é erotismo.

8. PARA FECHAR 
   HOMO SUM: NIHIL HUMANI A ME ALIENUM EST PUTO.
    Sou humano : nada do que é humano me é estranho.
   Terencius Publius Afer, cerca de 190/160 a.C.
   Duas mensagens possíveis:
   Que nada nos espante.
   Que a nada sejamos indiferentes, que a nada sejamos alheios.

LINKS
Dos artigos reproduzidos anteriormente no blog:
http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/consultorio/qual-e-a-diferenca-entre-pornografia-e-erotismo/
http://www.cranela.com.br/2014/12/cultura-do-imediato-voyeurismo.html
http://ceccarelli.psc.br/pt/wp-content/uploads/artigos/portugues/doc/a%20pornografia%20e%20o%20ocidente.pdf

Outros;
http://tempopresente.org/index.php?option=com_content&view=article&id=3786:genocidio-e-limpeza-etnica-na-bosnia&Itemid=127
http://www.brasilpost.com.br/2015/07/06/revenge-porn-dados_n_7734660.html
http://www.bolsademulher.com/abusos-sexuais
http://noticias.terra.com.br/mundo/violencia-nascer-mulher-define-existencia-social-diz-onu,1f73983035526410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html

PRÓXIMO ENCONTRO: 13 de agosto, provavelmente no Iate (a confirmar).
LIVRO ESCOLHIDO: Número Zero, de Umberto Eco, apresentação de Andyara.
LANCHE: a cargo de Regina Moura e Marília



sexta-feira, 3 de julho de 2015

Leitoras