sexta-feira, 18 de outubro de 2013

"A MENINA Q ROUBAVA LIVROS"- POR ANA L.

          

         Os motivos que causaram a Segunda Guerra iniciam-se imediatamente após o término da 1a Guerra (1914-1918), como consequência da derrota da Alemanha e as condicões humilhantes que lhe impuseram, principalmente a França e a Inglaterra.


          Em 1918 tem início na Alemanha uma série de rebeliões populares, de trabalhadores e soldados, que, inspirados na Revolução Russa de 1917, pretendiam derrubar o governo. e acabar com a guerra. Os movimentos mais fortes eram justamente os socialistas, e os comunistas quase tomaram o poder em janeiro de 1919. 


          Durante todo o período 1917-1918 a ameaça da insurreição era constante e a elite temia que uma revolução popular pudesse acontecer a qualquer momento. 
Assim, a elite alemã toma uma decisão desesperada: aceita um acordo de paz desfavorável (Tratado de Versailles) para não correr o risco de ver uma uma revolução comunista na Alemanha. 
          Com o fim da Guerra, a Alemanha ficou com a sua economia debilitada oscilando entre momentos de grandes crises e momentos de estabilidade, este sobe e desce da economia afetaram também a política, causando revoltas e fazendo florescer uma esperança de tempos melhores e, principalmente, aguardavam ansiosamente por uma chance de vingança pela humilhação causada pela derrota da Primeira Guerra Mundial

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          Em 1923, Hitler e seus seguidores do Partido Nacional-Socialista tentaram um golpe de Estado, mas fracassaram e Hitler foi preso. Quando parecia que os nazistas haviam sido vencidos, Hitler escreveu na prisão seu primeiro livro “Mein Kampf” (Minha Luta) onde defendeu suas teorias de conspiração judaica mundial para conquistar o mundo, atacou o Tratado de Versailles acusando-o de ser o responsável pela crise econômica alemã, acusava os comunistas e os judeus de terem conspirado contra a nação alemã na Primeira Guerra Mundial e por isso os germânicos haviam sido derrotados

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          O anti-semitismo e a perseguição aos judeus eram os princípios centrais da ideologia nazista. Nos 25 pontos do programa do Partido Nazista, publicado em 1920, era publicamente declarada a intenção de segregar os judeus da sociedade "ariana" e de revogar seus direitos civis, políticos e legais.

         A partir de 1929, a Alemanha viveu uma grande depressão econômica, com uma contínua crise política. Houve aumento das taxas de desemprego e a violência de grupos para-militares aumentou. Essas milícias de extrema direita atacavam e saqueavam estabelecimentos comerciais pertencentes à judeus. Os nazistas, aproveitando-se da instabilidade socio-econômica atribuiam a responsabilidade pela crise aos especuladores judeus e os comunistas. 

A perseguição iniciou-se depois que Hitler foi eleito. Durante sua campanha, Hitler pregou a idéia de que a economia estava decaída por causa dos habitantes judeus (que tinham um nível de vida melhor, devido principalmente ao comércio). Com isso, utilizou a teoria de que a raça pura (raça ariana) é superior às demais, e assim, começou a perseguição e extermínio dos judeus, dando início à Segunda Guerra Mundial.

Somando-se os judeus residentes na Alemanha, mais os que residiam nos países que foram ocupados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial (Polônia, Tchecoslováquia, Áustria), mais ciganos, homossexuais e um número incontável de presos políticos, comunistas, anarquistas e sindicalistas em geral, foram mortos entre 5 e 6 milhões de pessoas, apenas nos Campos de Concentração.

       Com relação a outro aspecto, também levantado nos debates, aí vai um pouquinho de História Antiga. 

Na Antiguidade Oriental (Oriente Médio), os hebreus, também chamados de judeus ou israelitas, habitavam a antiga Palestina (território do atual Estado de Israel). Essa civilização deixou como herança para o mundo ocidental sua conduta moral e ética, que influenciou o surgimento de duas das principais religiões da atualidade: o judaísmo e o cristianismo.



 Os hebreus são de origem semita (povos que surgiram na Ásia, descendentes de Noé).  Segundo a Bíblia, os hebreus, em razão da seca (fome), migraram para o Egito (ficando 400 anos), onde foram escravizados pelos egípcios. 

A civilização hebraica, liderada por Moisés, retornou à Palestina (Êxodo).



No ano de 935 a.C., com a morte do rei Salomão, filho de Davi, ocorreu a divisão entre as doze tribos de Israel, constituindo a formação de dois Estados: o Reino de Israel (dez tribos do norte) e o Reino de Judá (duas tribos do sul). Os habitantes do Reino de Israel ficaram conhecidos como israelitas; e os habitantes do Reino de Judá foram chamados de judeus.

  Após a divisão das doze tribos de Israel, enormes crises sucederam no ano de 721 a. C. Os assírios submeteram o Reino de Israel ao seu domínio, fato que levou ao desaparecimento das dez tribos. 

No ano de 596 a.C., o rei babilônico Nabucodonosor conquistou o Reino de Judá, submetendo-o ao chamado ‘Cativeiro da Babilônia’ (judeus prisioneiros na cidade-estado da Babilônia).

  Os judeus foram libertados da Babilônia no ano de 538 a.C., após a conquista persa. Posteriormente, a civilização judaica retornou à Palestina, região que passou a ser dominada, no ano de 332 a.C., por Alexandre, rei da Macedônia. 

Em 63 a.C., os macedônicos e a Palestina foram conquistados pelos romanos; e os judeus organizaram revoltas duramente repreendidas por Roma. 

Sendo, então, expulsos da Palestina, saíram em diáspora (dispersão) pelo mundo, ocupando diferentes regiões. 

Os judeus conviveram em pequenas comunidades. Apesar de não possuírem um Estado (território), eram considerados uma nação (povo) e procuraram conservar sua identidade cultural por meio da língua, religião, costumes e hábitos. 

Entretanto, por onde passaram e se fixaram, acabaram exercendo grandes atividades intelectuais, comerciais e muitas vezes foram perseguidos pelas populações locais.


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