sábado, 6 de agosto de 2016

Criação Coletiva -

Espaço aberto à participação de todas!

Convite da Rosete:


MARÉS


Proposta da Rosete para o Grupo Livros e Raquetes: 
“A minha ideia é fazermos uma criação coletiva.
Esta poesia se chamará Marés e a estrutura é a areia falando para o mar recuar e depois voltar. O "para que" serviria para além de dar a cadência da maré dividir bem o que a areia fala para o mar.
Cada uma de nós faria pelo menos uma estrofe do recuar e voltar e vamos colocando no blog como um moto contínuo de criação coletiva.
Parece bom? Seria viável ?

Essa proposta foi aceita entusiasmadamente pelo grupo, e poeticamente por Maryse: 
Rosete. Está despertando em mim coisas que na verdade nunca dormiram... Como vai ser?  estou pronta...com o canto infinito do mar nos ouvidos e os olhos marejados, sal e areia 

MARÉS I




Recua, meu mar soberbo, e te esconde nas brumas brancas   
para que Eu, Areia, possa resplandecer cada um dos meus grãos cintilantes.   

Recua, meu mar grandioso, e me deixa ouvir o som do teu desabar constante   
para que Eu, Areia, possa acalentar todos os que se sentam em mim meditam inebriados com o teu recital.   
                                    
Volta, meu mar amante, a cada fim do dia
para que Eu, Areia, me junte a ti  sem o menor temor de desaparecer!

Rosete/agosto, 2016

MARÉS II

Vem e volta, mar bravio,
leva contigo o fastio
dos dias sem qualquer calor.
Traz de volta a melodia
de tuas vagas, noite e dia,
suaves como o langor
de meus castelos, areia,
banhados por lua cheia
resplandecente em fulgor,
que vara a noite toda
para morrer na alvorada
de tua espuma espraiada
em mim, areia esbranquiçada,
vestida de só uma cor.

Soniahelena/agosto, 2016


MARÉS III

Desejo a paciência como as ondas do mar, que a cada recuo, um novo andar....

Teresa Mury/agosto, 2016

MARÉS IV

Mar amigo, amante, mar ido, ficante,
o nosso gozo incessante, tua espuma revela...

Quando  te ausentas, sonho castelos;  acordo ventania, 
louca , ensandecida por não aguentar a espera…

Mas sempre voltas, fazendo  rendas pra me enfeitar.... 
E, rendada, rendida, risonha me abro para te amar...  

Queria trazer-te as pérolas mais lindas para bordar na tuas rendas, 
Queria lamber todas as tuas fendas, e conhecer os castelos dos teus sonhos, 

Mas, amiga, amante, tenho que ir... ainda que queira ficar... 
e nas idas e vindas, vivo, pela certeza de sempre te encontrar...

Teresa Lirio/agosto, 2016










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