quarta-feira, 2 de julho de 2014

O SARI VERMELHO PRIMEIRA PARTE - APRESENTADO POR KARLA

Javier Rafael Moro Lapierre
Biografia
Filho de pai espanhol, Julio Moro, e de mãe francesa, Bernadette Lapièrre, nasceu em Madri a 11 de fevereiro de 1955. Estudou no Liceu Frances de Madri. Desde muito jovem viajou com a família pois seu pai era executivo da TWA e sua mãe trabalhava no Castellana Hilton, o que lhes dava passagens aéreas e descontos em hotéis, a países de África, Asia y América. Essas viagens em família em que descobrem o mundo, constituem suas melhores recordações da infância e deixam marcas que, mais tarde, aparecerão em seus livros.
Entre 1973 e 1978 estuda Historia e Antropología na Universidade de Jussieu em Paris. Suas influencias são novelistas como Flaubert, Stendhal, Balzac, Zola, Conrad e Jack London.
Colaborador assíduo nos meios de imprensa estrangeiros e nacionais, trabalhou como investigador em vários livros  de Dominique Lapièrre, seu tio, e Larry Collins, co-produzindo filmes como Valentina e 1919: Crónica do amanhecer, ambos baseados na obra de Ramón J. Sender.
Para escrever seu primeiro romance, Caminhos da Liberdade/ Senderos de libertad (1992), "viajou durante tres anos pela Amazonia em avião, barco, canoa, carro, e a pé para reconstruir a história de Chico Mendes, um humilde seringueiro que se converteu no símbolo internacional da defesa do meio ambiente. Seu segundo romance, O Pé de Jaipur/El pie de Jaipur, apareceu três anos mais tarde (1995) e é a primeira a ser ambientada, ao menos em parte, na Ásia: trata de um jovem estudante francês gravemente ferido e de um cambodjano sobrevivente da época dos gemeres vermelhos que se conhecem na clínica onde estão internados, e se unem para enfrentar a adversidade e a lutar pela vida. A escritora e jornalista Maruja Torres diz que esta obra deveria ser lida por todos porque se trata de superação, do que fazemos na adversidade.
Se seguiram outros quatro livros que se passam na Ásia: As montanhas de Buda/Las montañas de Buda (1998) que se passa no Tíbet; Era meia noite em Bhopal/Era medianoche en Bhopal (2001), escrito com Dominique Lapierre, que trata do desastre de Bhopal, a catástrofe química ocorrida na Índia a 3 de dezembro de 1984), que lhe valeu o Christopher Award em 2003; Paixão Índia/Pasión india (2005), história de amor e traição entre a cantora espanhola Anita Delgado e o marajá de Kapurtala, Jagatjit Singh; e, O Sari Vermelho/ El sari rojo (2008), que, segundo foi explicado por Moro, “é a história dramatizada da familia Gandhi através dos olhos de Sonia. A obra causou escandalo e irritação na India: "se queimaram exemplares do libro e retratos" de Moro. Os advogados de Sonia ameaçaram levá-lo a justiça e, com isso, afugentaram as editoras menos a Roli Books, cuja diretora disse que a obra é 100% fiel e vai publica-la da maneira em que foi escrita. Ela acha que o povo deve saber as dificuldades que Sonia passou até chegar onde está. Os Advogados e o Partido do Congresso argumentam que, o que é natural no ocidente como o fato da Sonia ter trabalhado em bares e ser de família humilde e estrangeira, não é bem visto na Índia, e que as intimidades da família Nehru-Gandhi não devem ser expostas para não dar munição aos oposicionistas, que são muitos. Eles dizem que “não se pode fazer ficção sobre uma pessoa viva”.
Seu sétimo livro, O Império é Voce/El imperio eres tú (2011), volta a ser ambientado na América do Sul, trata sobre a vida do imperador Pedro I do Brasil, que também foi, por um breve período, rei de Portugal. O romance ganhou o Premio Planeta na Espanha em 2011, e o prêmio de um dos melhores romances estrangeiros na China. Nesse livro ele escreve que Napoleão diz que “D. João foi o único a enganá-lo”, e que D. João fala D. Pedro: “podes amar como um homem mas deves se casar como um príncipe”. Javier esteve na Bienal do Livro no Brasil em 2013. Seu próximo livro será sobre a Espanha.
Seus romances tem tido grande aceitação de crítica e público e já foram traduzidos em 15 idiomas com tiragem de mais de 300 mil exemplares. 
Javier Moro é patrono da Fundação "Ciudad de la Alegría".
Em entrevista disse que, para ele, viajar é uma necessidade vital, uma terapia, pois limpa a mente e o obriga a adaptar-se a circunstancias novas. Ele reconhece que não pesquisa sobre o lugar de destino para não diminuir a curiosidade e a vontade de ir, e ele gosta de repetir os lugares que vai para ter diferentes perspectivas. Lugares especiais ele considera Ibiza, Kerala, Cidade do Cabo, Salvador e Tailandia. Ele acha que tudo é apaixonaste na India principalmente seu povo, curioso e aberto, mas lhe impressiona a indiferença dos governantes ante a pobreza e a desigualdade. Quando perguntado se o livro Sari Vermelho é um conto de fadas, ele diz que toda historia de amor tem algo de conto de fadas mas que ela teve uma vida muito dura na India, tanto na sua adaptação quanto depois da morte do marido. Ele diz que esse livro tem algo de épico porque todas as decisões que os personagens tomam, afetam um sexto da população mundial. É uma história real, dramatizada. O lado pitoresco foi ver um condutor em cima de um elefante parado no sinal de transito e falando ao celular. A visão que ficou da Índia, é de uma nação sempre a beira do abismo, e de uma família sobre quem recai o peso de unificar o país. E ele finaliza dizendo que esse livro é um retrato da Índia desde a independência, através da história da família Gandhi-Nehru. Uma tragédia grega pois eles não escolheram (?) essa vida, a vida os escolheu.
Javier Moro, entrevista online ao El Mundo a 8 de junho de 2010. (em espanhol)
1. Hola, Javier. Tu libro es toda una obra de ficción. En los últimos años los maoístas se han expandido por toda la India. ¿Por dónde crees que el Gobierno debería abordar este problema para solucionarlo?
El sari rojo es una obra de ficción basada en hechos reales. El avance de los maoístas se debe al fallo del Estado, un Estado que abandona a sus ciudadanos. Hace unas semanas la prensa india hablaba de una población que chupaba caliza porque no tenían nada para comer. La sentencia de Bhopal de ayer es otro ejemplo de como el Estado indio falla a sus ciudadanos.
2. En primer lugar, gracias por enseñarnos a los más jóvenes lo que sucedió en Bhupal, ya que por edad no lo vivimos. ¿Está usted satisfecho con la sentencia?
No, es una verguenza. Los verdaderos culpables, los ejecutivos de la multinacional, se han ido de rositas. Ni siquiera la sentencia obliga a que limpien todo lo que han contaminado. Los pobres de Bhopal tendran que seguir luchando.
3. Buenas tardes Javier. Acabo de terminar “El Sari Rojo” y la verdad es que me ha fascinado. No entiendo cómo pueden argumentar que es difamatorio cuando el sentimiento que despierta, al menos en mi, es el de admiración hacia la figura de Sonia Ghandi. Pensaba que era una biografía real, ¿es así o es una “biografía ficticia” como aparece el artículo de El Mundo de hoy? Muchas gracias por tus maravillosas novelas.
Es la historia dramatizada de la familia Gandhi a traves de los ojos de Sonia. Está basada en una investigación exhaustiva con entrevistas a amigos, gente que trabajo para los Nehru, vecinos etc... y en los libros y los artículos publicados sobre ellos. Es ficción porque los diálogos, por ejemplo, los he reconstruido. Obviamente, no estaba alí, pero siempre los he escrito en base a una documentación previamente conseguida. Sonia Gandhi es un personaje publico, mal que le pese, y todo el mundo esta en el derecho de escribir sobre los personajes públicos, siempre que no haya difamación. Pero ella no lo acepta.
4. Javier, lo primero darte la enhorabuena por tus libros. Me he leído todos. El que más me ha gustado Pasión India, ¿para cuándo el próximo libro?
Gracias por el animo! Voy por la pagina 80 de mi próximo libro, así que dentro de un año saldrá, si Sonia Gandhi no manda un comando para acabar conmigo!
5. El retrato que perfila sobre Sonia Gandhi es benevolente y muy comedido, y sólo transluce amor por la India. Qué opina que hay realmente detrás de esta protesta?
Nada racional. Estamos en el terreno de lo religioso, de lo mitológico. Han percibido que mi libro destruia el mito por el simple hecho de hablar de ella como de una persona normal: su infancia, sus estudios, sus primeros trabajos etc... No pueden con ello. Necesitan a una diosa, y es asi como la ven. El abogado de Sonia ha utilizado la palabra diablo para referirse a mi. O sea, que se trata de 'el diablo contra la diosa'... Es la India arcaica de siempre!
6. Hola Javier ¿Te pusistes en contacto con Sonia Ghandi antes de publicar el libro? ¿Sabía ella que lo estabas escribiendo?
Intenté ponerme en contacto muchas veces, pero siempre lo rechazó. A lo largo de los 3 años que duró la investigación, ella sabia que estaba escribiendo el libro. Cuando hube acabado el manuscrito, quise darle una copia para evitar precisamente lo que esta sucediendo ahora, pero ni siquiera me contestó. Intenté darselo a su hermana que habla bien español, y me hizo saber que no estaba interesada en leer el libro. ¡Y ahora protestan!
7. Estimado Javier, en primer lugar me gustaría darle la enhorabuena por su trayectoria y las gracias por sus obras. Mi pregunta está relacionada con la situación actual de India. Dada su experiencia sobre el terreno, ¿cree que India está en este momento mejor o peor en cuanto a la defensa de derechos humanos que hace 10 años? ¿Cree que la sociedad de castas finalizará alguna vez? Saludos y gracias de nuevo.
Es preocupante que el censo haya vuelto a poner, después del nombre y la dirección, la palabra 'casta'. Es anti-constitucional, pero el Partido del Congreso dice que es para la discriminación positiva. Eso, mas lo que esta pasando con películas y con mi libro, hacen pensar que la libertad de expresión esta cercenada y la democracia mas débil de lo que se pensaba
8. ¿Cree que hay posibilidades de que la política dinástica continúe en la India en las figuras de Rahul y Priyanka Gandhi? ¿Tiene usted detalles sobre una supuesta novia española de Rahul Gandhi?
La novia de Rahul según me consta, se llamaba Veronica, y era una arquitecto que vivía en Barcelona. También me consta que ya no están juntos. Es muy probable que el próximo primer ministro de la India sea Rahul Gandhi.
9. Por que ha tardado tanto (3 años) en publicarse su Obra "El Sari rojo" en la India y cree que las protestas impedirán que no se publique su obra alí?
No sé si se acabará publicando. La India es un mercado mas, y no el mas importante. Parta mi, es mas importante que se publique en Japon o en Alemania. Lo curioso es que El sari rojo se ha convertido sin quererlo en un testo sobre el funcionamiento de la libertad de expresión en la India.
10. Hola Javier, felicidades por tu obra, ¿Que opinas acerca de la poca solidaridad del pueblo indio hacia sus propios habitantes? Gracias
No diria que hay poca solidaridad del pueblo indio hacia los suyos. Hay poca o nula solidaridad de las elites indias con el pueblo. No es exactamente igual.
11. ¿Tiene ganas de volver a la India?
Siempre. Y volveré en cuanto escampe el temporal.
12. ¿Le preocupa que los que han quemado su foto le persigan como a Salman Rushdie?
Francamente, no. Los que lo han hecho han sido manipulados por algún alto directivo del Partido del Congreso. No ha sido algo espontaneo porque nadie ha leido el libro todavia. Es pura histeria. Ya se calmaran.
13. Jaipur, Bhopal, Kapurtala, Gandhi...¿Qué sabor de boca le deja la India?
En este momento, agridulce. Me conmueve el pueblo de la India, los pobres de Bhopal, los campesinos... Me produce estupor ver como los pudientes son incapaces de ver la miseria que les rodea, como tratan a sus criados, como viven encerrado en un muro de soberbia.
14. ¿Qué pasaría si reuniera a los protagonistas de todos sus libros? ¿Qué se dirían?
Esa es una buena pregunta. Chico Mendes invitaría a Gandhi a tomarse una cachaça, y quizás Sonia Gandhi tendría una relación con el Dalai Lama, no sé...
15. ¿Cuál de sus libros ha levantado más ampollas? ¿El de Chico Mendes, Las Montañas de Buda, El pié de Jaipur, Pasión India....el Sari Rojo ahora...?
Cuando se escribe sobre personas vivas, siempre hay problemas. Lenin dijo: "Nada hiere tanto como la verdad". Y la verdad es subjetiva y esta sujeta a diversas interpretaciones. ¿Estaba la Reina de Inglaterra de acuerdo con la pelicula The Queen, que realizo Stephen Frears? Probablemente, no, pero la aceptó con elegancia.
16. Querido Moro ¿Alguna vez imaginaste que Ms. Gandhi reaccionaría así ante el libro? ¿Has aprendido algo de todo este embrollo? Gracias
Nunca pensé que reaccionaria de una manera tan tajante, y tan boba, porque si es verdad que no le gusta que se hable de ella, su abogado ha hecho todo lo posible para que estalle este estupido escandalo. La razon no me da para entender lo que se ha montado sobre un libro que ni siquiera esta en las librerias en la India.
17. ¡Hola Sr. Moro! En los reportajes que he podido leer de este periódico y otros se dice que muchas de las críticas a su último libro "El sari rojo" venían porque pensaban que el relato sobre la historia de la Sra. Gandhi difamaba la realidad y a su "diosa", mientras que a su vez he leído en su defensa que era un "relato novelado", con lo que no tiene por qué corresponderse con la pura realidad. Y finalmente en sitios en donde se venden ejemplares de su libro he visto reseñas que la tildan de "...la historia verídica de la vida de Sonia Maino". Así pues, como lector, ¿debo interpretar la obra como un relato novelado o como una historia verídica? Muchas Gracias y Enhorabuena.
Digamos que es una historia dramatizada, o ficcionalizada, de los Gandhi. Es un genero que se viene haciendo desde que existe la literatura, pero obviamente el abogado de Sonia Gandhi lee poca literatura.
18. ¿Existe una libertad de expresión verdadera en la India?
Si no tocas a la 'familia real', es decir a los Gandhi, si, hay gran libertad de prensa.
19. Qué pasó con la adaptación cinematográfica de Anita Delgado???? Durante mucho tiempo se habló de que Penélope Cruz iba a protagonizar una película sobre su libro...
Está en manos del director indio Shekar Kapur. No se mas por ahora.
20. Hola Javier, la semana pasada fue mi cumpleaños, y me regalaron Pasión India, porque llevaba mucho tiempo detrás de ese libro, he empezado a leerlo y he de decirte que me apasiona, enhorabuena, eres un magnifico escritor. Ya tengo el Sari Rojo esperandome, me lo han recomendado. Por otro lado preguntarte que sientes ante tanto alboroto¿? ¿te podias imaginar que llegara a pasar esto? Un abrazo muy fuerte
Estoy perplejo. Si he escrito un libro donde pongo a la protagonista muy bien, ¿que hubiera pasado si la hubiera puesto mal? Me da pena porque la India me gusta, y tengo amigos allí que también perplejos. Me da pena ver como los herederos de Nehru, que abogo toda su vida por la tolerancia, permiten que quemen libros en las calles de Nueva Delhi...
21. ¿Considera el problema de Sonia Gandhi con su libro un problema personal o político? O quizá ella no tenga problema....¿Cree que lo leerá en la intimidad mientras cena un plato de pasta viendo la Rai?
Creo que es personal y politico. A ella nunca le ha gustado la publicidad, ni que se hable de ella. Me consta que cena pasta en el restaurante La piazza del hotel Hyatt, porque la he visto alí con su familia. Y tampoco me extrañaria que viese la RAI, aunque por decir eso, sus abogados intentarian condenarme por mentiroso y difamatorio... Y no digamos si le da al limoncello!!
22. ¿Qué le díría usted a Sonia Gandhi si se la encontrara en otro cocktail?
La única vez que me la encontré, le dije: Señora, llevo tres años viviendo con usted porque era verdad, habia estado tres años pensando en ella dia y noche para escribir el libro, y se echó a reir. Ahora le diria que llevo tres meses teniendo pesadillas...
23. Estimado Sr. Moro, espero que llegue pronto a los lectores su próximo libro. Respecto a "El Sari Rojo" ¿Ha recibido propuestas para llevarlo a la gran pantalla?
Si, de un productor italiano y de una productora alemana de TV.
24. Si finalmente el libro se publica en la India ¿Irá usted de promoción?
Con escolta.
25. Buenas tardes, Javier. ¿Cree qué finalmente saldrá beneficiado internacionalmente con la publicidad de estos días de su libro? su labor de investigación es importante y sobre todo opino que es un buen conocedor del país. Ánimo y ¡viva la libertad de expresión para la evolución!.
Posiblemente si. El abogado de Sonia Gandhi ha conseguido lo que no querian los Gandhi: que se hable del libro. ¿Alguien puede aconsejarla que cambie de abogado?
26. ¿cual de tus 6 libros, Senderos de Libertad, Pie de Jaipur, Las Montañas de Buda, Era Medianoche en Bhopal, Pasion India, El Sari Rojo, es el que mas te a costado hacer?
El primero, porque no sabes muy bien dondes pisas, y todo son dudas. Luego el de Bhopal, porque era un tema muy difícil de investigar y aun mas difícil de escribir. El desafio era: como hacer interesante la historia de una fabrica química. Nada fácil.
Despedida:
“Muito obrigado pelo seu apoio e interesse. Quando me queimarem vivo, espero que traga um extintor para apagar as chamas…” JM
fontes: wikipédia, elmundo.es e javiermoro.com



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Leitoras